quinta-feira, 28 de julho de 2016

SANTIDADE E O VERDADEIRO BRILHO DA IGREJA

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Por Geovani F. dos Santos



A igreja de Cristo precisa ter brilho e este brilho deve ser intenso. Jesus disse aos seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5.14).  Esta metáfora está ligada ao caráter de nossa missão e, também, ao tipo de conduta que devemos apresentar ao mundo, ou seja, uma postura ilibada e irrepreensível. Os santos precisam ser diferentes do mundo porque isso é uma necessidade precípua e vital para a permanência na fé e para manutenção da vida de santidade. Os que desejam fazer a vontade de Cristo precisam se tornar santos ou sua vida cristã será uma grande fraude. Pedro assevera: 

 "Como filhos da obediência, não permitais que o mundo vos amolde às paixões que tínheis outrora, quando vivíeis na ignorância. Porém, considerando a santidade daquele que vos convocou, tornai-vos, da mesma maneira, santos em todas as vossas atitudes”. Porquanto, está escrito: “Sede santos, porque Eu Sou santo!” (I Pedro 1 14-16). 

Norman Champlin nos explica a expressão sublinhada, vejamos:

“No grego o verbo é “suschematidzo” que significa “formar”, “amoldar-se” segundo a imagem ou caráter de outra coisa, “conformar-se com”.  Não sigamos o ״mau exemplo·· de homens ímpios e desobedientes. Antes, sejamos corajosos bastante, para rejeitar o padrão de vida que eles gostariam de impor-nos por seu exemplo e influência. ”

Diante das palavras de Champlin, compreendemos que ser santos e obedientes é não assumirmos os moldes e roupagens deste mundo pecaminoso, mas nos mantermos em fraca oposição ao mesmo por amor a Jesus e aos princípios do Evangelho. Paulo também declara da mesma forma seguindo a mesma linha de raciocínio, dizendo:

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Romanos 12.2).

Paulo tinha em mente uma vida diametralmente oposta aos ditames do mundo e ao seu status quo. Em outras palavras, só poderiam viver esta vida aqueles que de fato tinha recebido a Cristo e agora eram controlados por seu Espírito e mensagem. Somente podem satisfazer tais condições os renascidos, aqueles cujas vidas, despojadas dos padrões do mundo anelam pela pátria que há de vir. Emílio Conde em seu livro “Igrejas sem Brilho” nos fala sobre os tempos da igreja primitiva das exigências que eram feitas ao que desejam fazer parte da mesma, vejamos:

 “Na igreja primitiva, a admissão como membro era mais difícil do que hoje: o can­didato devia ser realmente convertido e ti­nha de demonstrar seu desejo de pertencer à igreja, através de uma série de fatos que faziam recuar os medrosos e todos os inca­pazes de fazerem brilhar a luz de Cristo. A admissão era precedida de exames que exi­giam renúncia à vida passada: requeriam provas de que a nova vida era vivida no Espírito de Cristo. Enquanto o pretenden­te não estivesse desligado dos laços que o prendiam ao mundo e seus aliados, quer dizer, ao Diabo e à carne, não estava apto para o Reino: sua luz não honraria a igreja, não podia ser membro do corpo."


Muitos podem até achar que as exigências eram pesadas de mais se comparadas à frouxidão dos nossos dias, onde muitas igrejas não adotam quaisquer critérios aos que nela ingressam. O fato é que na Igreja Primitiva, o Evangelho era levado à sério e não se admitia comportamentos reprováveis e atitudes ilegítimas dos que se diziam servos de Cristo. Em últimas palavras, para fazer parte daquela igreja era imperioso que fosse “nascido de novo” e, sobretudo, santo!  

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