sábado, 17 de agosto de 2013

A IGREJA NA CONTRAMÃO DO SISTEMA


Por Geovani F. Dos Santos

Trevas densas pairam sobre o mundo no palco que esta sendo  montado nestes tempos finais. Se no passado a Igreja era perseguida e considerada uma ameaça aos sistemas de governo vigentes, no presente a mesma goza de benefícios  extraordinários  do poder instituído, com direito e prerrogativas que extrapolam o seu âmbito de atuação.




Esta proximidade da Igreja com o sistema intitucionalizado e a busca sempre crescente por status ou posições de destaque na sociedade, fez com que a Igreja do século XXI perdesse o seu papel profético de denunciar as mazelas perceptíveis nestas estruturas políticas humanas.


Por que denunciar e perder todas as vantagens se é mais cômodo permanecer como  está e usufruir de todas as benesses instuticionais? Para que criar embates ideológicos com os figurões do alto escalão do poder se é mais prático e utilitário permanecer recebendo os “manjares” dos reis.


Este casamento político é um indicador que aponta para um problema maior que está tomando corpo à medida que a Igreja perde o seu referencial  e as suas características de “sal” e de “luz” do mundo (Mt 5.13,14).


Ao perder estas características intrínsecas ao seu ideário, a Igreja perde também a sua autoridade apostólica. Uma vez que tal combinação de elementos fazem parte de sua tessitura e estrutura formativa, a perda da essência e o desvio dos paradigmas bíblicos, decerto, a conduzirão a uma profunda deterioração moral e espiritual, que por sua vez, abrirá as portas para a apostasia e rebelião contra Deus.


É importante ressaltar que embora esteja havendo esta estiolação, que é uma sinal dos tempos finais,todavia, percebe-se que o Senhor tem guardado alguns que ainda não se prostraram a baal. Como nos tempos do profeta Elias, Deus ainda tem uma remanescente fiel que permanece inabalável no cumprimento de sua vocação celestial, independente do que esteja acontecendo ao redor ou de influências externas.


Nos dias do profeta Elias, o culto a baal foi institucionalizado pelo perverso governo de Acabe influenciado pela ardilosa e terrível Jezabel. Entretanto, ainda que o poder reinante estivesse longe do princípios da Palavra de Deus que eram contrários às práticas idolátricas e abomináveis dos povos pagãos. É do conhecimento de todos que o Senhor havia guardado 7000 homens que não haviam transigido com a heresia governamental.


Esses homens mantiveram-se firmes na verdadeira postura de “servos fiéis”, contrariando as disposições e os éditos reais que impunham coercitivamente um desvio do culto real para uma falsa adoração.


Em certos aspectos, quando o sistema se afasta de Deus ou é contrário ao que está estabelecido nas Escrituras, não há, portanto, mais nenhum compromisso do cristão em obedecê-lo ou ser submisso ao mesmo. Pedro declara: 

“Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

A nossa consciência não pode ser tolhida ou cerceada por quem quer que seja. É preciso decidir-se de que lado se deseja permanecer, pois o Senhor não aceitará duplicidade de caráter ou comportamentos ambíguos do seu povo quando esta em jogo os princípios éticos, morais e espirituais da vida cristã exemplar baseada na submissão a sua Palavra.


O patriarca Josué deixou claro a sua disposição de permanecer firme numa posição santa e ìntegra diante de Deus, quando disse ao povo de Israel que estava prestes a entrar em Canaã estas palavras:

“Porém, se vos parece mal servir aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” ( Js 24.15).


A declaração de Josué instiga os servos de Deus a uma lealdade incondicional aos fundamentos da fé no Deus vivo. O povo de Deus foi chamado para ser santo e transmitir os valores eternos da Bíblia, não para ser massa de manobra nas mãos de governos ímpios, pastores gananciosos e líderes imorais. Basta!



Soli Deo gloria!    

terça-feira, 23 de abril de 2013

ORAÇÃO, UMA ADMOESTAÇÃO BIBLICA


Por Geovani F. dos santos


Jesus sofreu todas as contradições dos homens para que nós não desvanecêssemos em nossos ânimos lutando contra o pecado ( Hb 12.3).  A Bíblia diz que Ele em tudo foi tentado, mais sem pecado (Hb4.15). Portanto, podemos nos achegar a Ele sabendo que é perfeitamente capaz de suprir todas as nossas necessidades em glória. Uma vez que o próprio Cristo sofreu na carne todas as agruras e sofrimentos humanos, temos total liberdade de nos aproximarmos dele com a certeza de que ele nos compreende muito bem. Na verdade, as Escrituras nos incentivam a fazermos conhecidas diante de Deus todas as nossas situações, por mais difíceis que pareçam ser. Devemos seguir a admoestação bíblica e continuarmos a dobrar os nossos joelhos no afã de sermos ouvidos pelo Senhor em tempo oportuno. Aqueles que confiam no Deus da Bíblia jamais serão frustrados em sua esperança, porque Deus é fiel.






Jesus sempre incentivou os seus discípulos à pratica da oração. Por inúmeras vezes Jesus se retirava para lugares desertos e ali orava ao Pai em secreto. No sermão do monte Jesus falou sobre a importância da oração deixando-nos como exemplo a oração modelo e a regra áurea:



“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” ( Mt 6.9.13).

“E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á” (Lc 11.9-10).

Estes textos revelam a importância da oração na vida do crente, portanto, negligenciá-la é andar na contra mão do ensino apostólico. Jesus viveu em constante oração e morreu orando ao Pai rendendo o espírito ( Lc 23.46). A igreja só poderá vencer as densas trevas deste tempo se estiver em oração. É sumamente importante mantermos intenso contato com o pai celestial. Certo escritor escreveu que este mundo está tão contaminado pelo pecado que devemos pela oração repirar da atmosfera celestial. Uma vez que se aproxima a volta do Senhor, precisamos redobrar o nosso ânimo e vigilância em oração para que não sejamos pegos desprevenidos ante o ressoar da trombeta. Deus nos chama para oramos nesta ultima hora, e devemos orar  com toda a instância e perseverança, sabendo que os dias se abreviam e existem muitas vidas que carecem da salvação. A oração abre portas extraordinárias e possibilita intervenções poderosas do Senhor no universo humano.  


Que possamos seguir as admoestações apostólicas que nos chamam altissonantemente a uma vida de súplica diante do Senhor. Que o legado de Jesus seja o nosso paradigma existencial e o nosso único ideário de fé digna de imitada pelos santos. Que as palavras do apóstolo Paulo ressoem em nossos ouvidos e corações nos conclamando: “orai sem cessar” ( 1 Ts 5.17).  

SÍNDROME DE JUDAS

Por Geovani F dos Santos

Marcos afirma que Jesus estava falando quando Judas apareceu. Naquele ínterim funesto e derradeiro, o Mestre já sabia quais eram suas verdadeiras intenções. Conhecia muito bem o motivo de sua visita furtiva. Como um lobo a espreitar sua presa ou como um leão próximo do ataque, desta forma tal aparição se revelava. O coração daquele que fora seu discípulo estava dominado pelo mal, sua alma perversa, envolta em trevas, era, agora, o instrumento do diabo para levar a cabo o que desde o início foi dito dele: aquele que traiu o filho do homem ou filho da perdição ( Mt 10.4; João 6.70,71; 12.4; 13.26,27; Mc 14.42-45; Mt 27.3; At 1.16; Sl 109.8; Zc 11.12).





Desde o princípio Judas demonstrava um comportamento destoante dos demais discípulos do Senhor, o que fazia dele um potencial candidato a traidor. O Dicionário Bíblico John Davis declara que ele seguia a Jesus dominado pelo interesse que ele tinha sonhado no Reino de Cristo. Talvez tal interesse fosse uma motivação meramente política. Judas concebia em sua mente que Jesus fosse liderar algum levante armado para libertar Israel do domínio romano. Estava profundamente enganado acerca do ideário de Cristo e de sua missão messiânica. Jesus veio para salvar os perdidos e conduzir os homens aos céus, não liderar uma campanha militar. Quando diante de Pilatos, o Salvador deixou bem claro isso ao dizer:


"O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui. Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" ( Jo 18.36,37).


As palavras de Jesus a Pilatos deixam claro o escopo da vinda de Cristo a este mundo, ou seja, dar testemunho da verdade. Judas não era da verdade, por esta razão rejeitou a voz de Jesus para sua própria perdição. Assim como Judas Iscariotes, não são poucos os que apresentam essa conduta reprovável.


Características de Judas apresentadas pela Bíblia


Judas era avarento -  O coração de Judas Iscariotes estava tomado pela cobiça. Os seus interesses não eram motivados por altruísmo ou empatia pelas pessoas, mas por puro interesse egoísta. Tal comportamento é provado na passagem abaixo:

" Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E,desde então, buscava oportunidade para o entregar " ( Mt 26.14-16).

Vede a pergunta de Judas: "Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei" . Observe que existe um interesse cobiçoso. Ele oferece o próprio Salvador em troca de trinta moedas de prata. Esse procedimento iníquo expõe o que está no íntimo do discípulo traidor, isto é, obter uma vantagem material em tal transação malévola. O coração de Judas está completamente contaminado pelo pecado da ganância e sua alma dominada por Satanas. Jesus declara que o que contamina o homem procede do interior, pois é do âmago do coração humano que emergem toda sorte de pecados. Ele diz:

" O que sai do homem, isso é que contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza,as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem" ( Mc 7.20-23).

Satanás encontrou um terreno fértil no coração de Judas, onde pôde facilmente, sem qualquer resistência disseminar suas sementes de apostasia contra o Senhor."O seu coração só ambiciona lucro" ( Ez 33.31).

Judas retrata muito bem o espírito de nosso tempo de forma inequívoca. Uma época marcada por cobiça, intemperança e ausência de escrúpulos morais. A síndrome de Judas dissemina-se vertiginosamente como um vírus e os seus males já são notórios. Pedro declara que por avareza certos homens farão negócio do povo de Deus com palavras fingidas (2 Pe 2.3). O apóstolo alerta que esses homens são exercitados na avareza, filhos da maldição (2 Pe 2.14). Semelhantes a Judas, tais indivíduos continuam colhendo os frutos de sua insensatez.

terça-feira, 16 de abril de 2013

AMANHÃ




Amanhã se verá tão puro em ornatos festivos
Em alvor de glória a adornar mil sóis
Teus olhos chamejantes perscrutam almas
Qual espada penetrante
A ti se darão louvores
Honras e tributos colossais
Que se estenderão por cem auroras da eternidade
Numa infinita canção de sons angélicos!

Não se darão ali tristezas
O som benfazejo adormece em amor
Ao brilho de tuas célicas palavras
Numa harmonia imorredoura
Que jamais perderá seus estros!

terça-feira, 2 de abril de 2013

OS TEMPOS, OS HOMENS E O CARPINTEIRO

Por Geovani F.dos Santos


Vede os tempos, eles querem nos dizer alguma coisa que ainda não entendemos. Será que nos têm faltado o discernimento necessário para compreendermos a realidade dos acontecimentos que estão concomitantemente se dando no mundo? Ou estão todos entorpecidos pelas miragens atordoantes desta época de estranhezas?


Decorre que por mais que procuremos respostas as mesmas se perdem num labirinto de incertezas que revelam o grau de insegurança que se abateu sobre o mundo dos homens como uma tempestade incontrolável. O homem da atualidade tem medo. Esse medo se tornou uma neurose coletiva, uma espécie de fumaça narcotizante que paralisa ao mesmo tempo que lança suas sombras sobre a alma dos homens.

Todos os dias parecem revelar uma nova cadência de fatos que já não se parecem inéditas, pois são repetições do mesmo cenário funesto, da mesma peça dramática, do mesmo espetáculo de loucuras e insanidades que qual um redemoinho insopitável vai engolindo almas numa voragem irreversível. É um monstro de várias cabeças que num golpe arrasta suas presas indefesas.

Para onde caminha a humanidade? Esses milhões de seres anônimos vagueantes pela existência,  quais ovelhas sem pastor se mostram cada dia mais confusos e caminham para sua encruzilhada final na confluência dos tempos.

O homem moderno perdeu-se em si mesmo no afã de conquistar os mundos. No tentar  ganhar o orbe rendeu a alma aos tiranos e se tornou escravo de vontades maiores que insistem em desvia-lo do bem. O remédio é voltar ao homem, ao carpinteiro de Nazaré e beber de suas fontes. Só assim terminará a procura!

sábado, 30 de março de 2013

INDÍCIOS DO ANTICRISTO

Por Geovani F. dos Santos


A história por vezes revela os detalhes horrendos das ações humanas e dos seus expedientes inescrupulosos para se alcançar o poder e a glória. Maquiavel,  o grande conselheiro do príncipe de Florença, já dizia em seu livro "O Príncipe" , que os "fins justificam os meios" quando se tem algum interesse pela manutenção ou tomada do poder. Esta frase lapidar correu os séculos e se tornou parte do ideário de vida e a ideologia dominante de muitos mandatários, que inescrupulosos no que diz respeito a sua perpetuação  política não medirão esforços para resguardar seu status quo.



Lênin, ao deixar seu exílio na Alemanha, retornou a sua terra natal para por em prática seu plano revolucionário bem urdido em sua mente diabólica. Nesse intuito, tomou medidas extremas contra seus próprios companheiros de partido e contra os que se opunham aos seus interesses sombrios. A Rússia tornou-se um mar de sangue! Tudo em nome da da Revolução.


Stálin, da mesma forma como seu antecessor, continuou a matança. Desconfiava da própria sombra. Quem se colocava em seu caminho, ou se suspeitasse algum laivo de traição, o coitado era um homem morto. Como resultado dessa neurose, milhões foram fuzilados sumariamente. Assim como Lênin, Stálin era insaciável por massacres. Um perfeito genocida na maior acepção da palavra. Sinceramente, não consigo entender o porquê destes dois seres monstruosos terem tantos admiradores no Ocidente, sobretudo, nos partidos de esquerda, onde esta ideologia tacanha encontra guarida. O próprio Stálin chamava esses otários de "idiotas úteis". Os tais difundiam a ideologia comunista pelo mundo sem saber o que se dava por detrás da cortina de ferro. Prestavam um belo serviço ao tirano e aos seus interesses trevosos.

Hitler seguindo esta mesma esteira conseguiu hipnotizar toda uma nação a que apoiasse sua campanha revanchista e expansionista. A insatisfação popular diante de uma Alemanha enfraquecida economicamente e politicamente favoreceram as funestas pretensões do antigo "cabo da Boêmia", dando-lhe os ingredientes necessários para levar a República de Weimar à grande roubada. Ao final da Segunda Guerra mundial o país estava reduzido a monturo. Era o preço que tiveram de pagar por seguir a sanha megalomaníaca de um louco.Tinham que engolir seco seu território ser dividido como despojo por russos e aliados. Era uma grande humilhação.

Percebemos com isso que os interesses humanos quando perdem seus alvos altruístas descambam para o terror e a barbárie. A humanidade sempre sofreu o efeito dos comportamentos despóticos e totalitários ao longo dos séculos. Isso deveria servir-nos de lição, mas volta e meia esse fantasma continua assombrando o mundo. Estes gérmens malignos continuam sendo difundidos, mais ainda terão seu maior desenvolvimento no futuro com a ascensão do grande líder global, para o qual se prepara o caminho a passos bem largos.  Este líder está sendo aguardado, ele será o salvador da pátria. Uma espécie de Messias que trará grandes mudanças ao mundo.

Há algum tempo atrás, lendo um livro do conceituado escritor cristão Abraão de Almeida, tomei conhecimento do relatório do Dr.Spark que dizia: "Esperamos um homem que reúna em si todas as aspirações da humanidade de paz, igualdade e justiça. Que se apresente este homem, seja deus ou demônio". Tal declaração revela o desejo patente nas lideranças do mundo em se ter um líder global, que acabe num momento com todos os conflitos, crises e desigualdades entre os povos. Este anseio não é novo, ao longo da história dos homens ele sempre teve eco, todavia, agora revoluteia com uma nova roupagem em um mundo cada vez mais globalizado e afeito a um discurso planetário. As portas estão abertas, em breve o anticristo surgirá no cenário das nações. O arrebatamento está próximo! Maranata!

quinta-feira, 28 de março de 2013

SOB AS BARBAS DA LEI

Por Geovani F. dos Santos


Os brasileiros são roubados todos os dias por mãos grandes, ávidas por rapina. Os que deveriam primar pela boa conduta, lisura e probidade administrativa são os primeiros a se lançar aos despojos. Fazem isso na cara limpa, à luz do dia e sob às barbas da lei. Mas que lei! No Brasil, a terra do jeitinho, a lei é apenas um embuste para otários, ou convenhamos, um simulacro de interesses escusos. Quem pode confiar numa justiça enviesada, atrelada a interesses partidários, comprometida com figurões obscuros  e destoante de um discurso igualitário. A lei do Brasil só serve para  pobre, que se pego em algum delito, apodrece na cadeia. Rico paga uma boa banca advocatícia e safa-se numa hora pela força do dinheiro. Os outros, que se danem!




Já virou moda no país ser malandro, que o digam os políticos, campeões da tergiversação e do engodo.  O pior é que sempre a verdade é a grande violentada. Mas, como a mentira têm pernas curtas, eles sempre tropeçam em alguma indiscrição ou segredo de alcova guardados a sete chaves. Bem disse Jesus, "nada há encoberto que não haja de ser revelado".


É neste caminho escorregadio que muitos dignitários acabam deslizando depois de terem seus mistérios trazidos à baila por algum jornalista de plantão ou mesmo por um acólito decepcionado  que rompe o pacto de silêncio. Desta forma, a poeira vai para o ventilador e a coisa se torna pública, com direito às primeiras páginas e infatigável cobertura da mídia. Já assistimos muitos destes filmes com cenas e enredos diferentes. Qual será o próximo? Estamos no aguardo.


Outro fato corriqueiro é a iniquidade social. Vivemos em um país continental que ostenta as marcas de anos de malversação de seus recursos e de uma flagrante desmoralização política. Enquanto milhões são desviados pelos ralos da corrupção, gastos indevidamente em lautos banquetes e viagens mundo afora com direito a séquito e bobos da corte, centenas de brasileiros são vítimas da inércia e do descaso de governos relapsos que não têm compromisso  com a vida alheia. Enquanto pessoas estavam sofrendo a perda dos seus entes pelas tragédias já anunciadas em decorrência das chuvas na região serrana, o figurão do Estado do Rio de Janeiro desfilava de turista numa partida da NBA. Quanto descaso com o próximo!

Isso demonstra o grau de solidariedade e de consideração que estes senhores têm pelo povo. O mesmo povo que votou neles é agora vítima de suas escolhas. Voto errado mata mais que arma de fogo! É só conferir!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

UM EVANGELHO DIFERENTE


Por Geovani F. dos Santos


O Evangelho como o conhecemos foi substituído por um outro evangelho cujos fins não são nada gloriosos. Inventaram uma nova religião cristã baseada na busca do que é temporal. Essa nova religião adota os expedientes capitalistas de lucro e procurar imitar o liberalismo relativista de nosso tempo. Os pastores se tornaram astros midiáticos e os cantores, que antes eram apenas louvadores despretensiosos, foram transformados em popstars do concorrido mundo fonográfico Gospel, que amealha milhões de reais ou dólares mundo afora - tornando-se a galinha dos ovos de ouro dos grandes empresários seculares.





As canções cantadas por muitos destes “levitas” podem ser até bonitas, mas não são espirituais. Compare as letras destes hits com as letras do passado e se perceberá a pobreza de seu conteúdo. Enquanto no passado, o objetivo dos compositores era puramente louvar a Deus sem quaisquer interesses financeiros, uma vez que a musica era composta para o louvor devocional; no presente, salvo raras exceções, o alvo maior é conquistar status e fama, bem como os royalties que tal atividade propicia.


É um acinte à Fé vermos cantores cobrando somas astronômicas para cantar em igrejas. Tais indivíduos são como mascates andando de ministério em ministério em busca de remuneração. Fazem da igreja do Senhor um negócio lucrativo para alavancá-los a uma posição econômica que trabalhando não conseguiriam assim tão rápido. Muitos destes “astros” são tão arrogantes e jactanciosos, que fazem exigências das mais estapafúrdias, tais como: limusines, hotéis de luxo, viagens de avião em 1a classe e outras bizarrices que destoam da discrição e modéstia própria dos santos.


Deveríamos nos precaver de tais modernos negociantes da fé fechando-lhes às portas de nossas igrejas e demonstrando repúdio aos seus modos de vida mundanos e reprováveis. O Evangelho é o poder de Deus ( Rm 1.16), não uma escada para que torpe-gananciosos se locupletem!  


Soli Deo Gloria!

JOGUINHOS DE PODER

Por Geovani F.dos Santos


Já estão loteando as prefeituras com ‘carguinhos’ comissionados. Estes senhores, muitos dos quais figurinhas conhecidas das cidades, se refestelarão com o dinheiro público sem o mínimo recato. Inclui-se neste balaio de gatos: comerciantes, pastores, empresários e outros seres das mais distintas castas destas cidades. Todos afeitos às mamatas do poder, sequiosos das benesses públicas e famintos das vantagens pecuniárias que tais cargos conferem.





É vergonhoso em alguns casos, que certos indivíduos participem deste processo. Muitos deles sem qualquer competência ou cabedal administrativo, serão apenas títeres ou paus-mandados de seus alcaides.  Noutros casos, por questão moral e ética, certas pessoas não deveriam sequer estar contados entre os "tais", como é o caso de pastores.


Talvez tenham esquecido ou fazem ouvidos moucos para a declaração exortativa do apóstolo Paulo que diz: "Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Tm 2.4). Infelizmente o poder é hipnótico e as prerrogativas de se ocupar temporariamente uma posição de destaque nos governos municipais, estaduais e federais, são tentadoras. Neste afã muitos venderiam suas próprias almas ao diabo sem quaisquer comedimentos ou ponderações. É o caso dos pastores que revoluteiam nos bastidores do poder como abutres em busca de carniça ou como hienas a procura de carcaças. Todos muito rapaces, esquivos, descarados, hipócritas, mercenários, cobiçosos de torpe ganância, cujo deus é o seu próprio ventre. Fazem a vontade do “deus deste século” consciente ou inconscientemente. Não tem discernimento ou sequer “desconfiômetro” para atentar para o fato de que religiosos não deveriam estar envolvidos nos “joguinhos de poder secular”, pois a sua missão transcende esta órbita terrena cheia de vaidades e interesses escusos. 


Eu citei a Segunda Epístola de Paulo a Timóteo 2.4 de propósito porque ela revela que todo aquele que está envolvido com o Evangelho de Cristo, nunca deveria fazer concessões mundanas.     Jesus disse: “Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” ( Lc 9.62).  Todo aquele que dizendo estar em Cristo demonstra ambivalência comportamental ou “coxea entre dois pensamentos” ( I Rs 18.21), não pode de modo algum considerar-se apto  ou mesmo representá-lo. É um lástima contemplarmos de maneira flagrante tais coisas. Causa-me repulsa e aversão tal conduta reprovável e indigna de alguém que se diz “pastor”.


Estou assaz enfadado com as tergiversações destes líderes “cristãos”, dos seus expedientes escorregadios e de suas manobras maquiavélicas de manipulação das massas em nome de Deus. Uma grande maioria destes, está longe do ideário deixado por Cristo como legado e distante do modelo de vida despojado que se via nos apóstolos de nosso Senhor. Eles amam os cifrões como quem deseja comida; como rufiões de Mamon fazem do seu rebanho negócio lucrativo, sem a mínima displicência. 


Soli Deo Gloria!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

MURDOCK DE NOVO? NÃOOOOOOOOOO! PARTE II


Por Geovani Santos e Alberto Couto Filho


A cizânia já foi semeada nos campos do Senhor há muito tempo, o mal está feito. Estes "thieves" são amantes dos cifrões, serviçais do engano e asseclas de Mamom. Seu desvio flagrante é notório e inconteste, seus rastros de perdição são indeléveis.




Seus corações estão cheios de "covetousness", suas almas sorveram da poção soporífera de Balaão e se tornaram pregadores do entorpecimento espiritual.
Estava ponderando sobre a seguinte questão: não é a igreja uma entidade sem fins lucrativos? Como, pois, é uma instituição que ostenta tanto poder aquisitivo nas mãos de umas poucas pessoas - seus pretensos administradores?
A Forbes tocou o dedo na ferida ao revelar as fortunas dos "pastores " ou, diga-se de passagem "wolves of the multitudes" que em sua torpe ganância engordaram suas contas bancárias, criaram impérios e, sobretudo, ergueram um exército de fiéis zumbificados e subservientes que seguem a risca o bordão de uma antiga brincadeira de criança que dizia: " O que o mestre mandar, faremos todos! " 
Desse modo, como que em transe hipnótico, amealharam pela via da credulidade cega, os subsídios necessários para a construção de seus mega-templos faraônicos  e salomônicos, implementando com tal tática seus maquiavélicos planos de poder em todos os sentidos. A máxima proverbial e descarada deles é, permitam- me a paráfrase : "Não acumuleis tesouros nos céus , mas depositai-os na minha conta".
Com essa cantilena sórdida e imoral se permitem a luxos impensáveis à grande maioria de seus fiéis, muitos dos quais vivendo à custa de um parco salário mínimo. Tudo isso "tenho contemplado debaixo do sol", usando aqui a antiga frase de Eclesiastes. Tudo e mais um pouco! 
Infelizmente muitos já se acostumaram a esta normose religiosa que por sinonímia faz de pastores um símbolo de extorsão e estelionato espiritual, um lamentável estereótipo cunhado pelas intemperanças e excessos de nossos líderes cegos pelo ouro dos tolos ou seria dos bobos?
O Silas há muito se desviou da pureza doutrinária. As suas atitudes intempestivas bem como seu comportamento antipático, destoam do padrão digno dos verdadeiros homens de Deus, cuja vida deve ser pautada no comedimento e na mansidão. Soma-se a isso tudo, o seu envolvimento com o mestre da prestidigitação, Morris Cerullo, e o mago-mor nas técnicas alquimistas de transformação de fé em ouro, Mike Murdock. 
O Midas em questão, notabilizado por Malafaia, como um dos homens "mais sábios da atualidade" deixaria Salomão no chinelo. Quantos superlativos supérfluos a um simples mortal fadado ao ocaso como qualquer um de nós! Eles esqueceram que tudo o que é elevado demais entre os homens soa como abominação ao Senhor. 
Está mesma jactância foi visível em Satanás, perceptível em Nabucodonosor e flagrante em Herodes. E qual foi mesmo o fim deles? O primeiro foi expulso do céu, o segundo foi comer grama como um quadrúpede e o terceiro foi comida de bichos como todos nós já sabemos.
Apesar de todos esses exemplos bíblicos os homens persistem em sua contumácia e arrogância contra os céus.  Estão tão enebriados por tais encantos e futilidades que há muito se esqueceram de trilhar o caminho do bem. O prêmio do engano de Balaão é replicado e os tropeços são tão normais que o claudicar se tornou virtude louvável. 
Quantos infelizes se tornaram presas destes lobos e foram destruídos por sua sanha e loucura desenfreada. Mentes foram obscurecidas e verdades foram distorcidas no afã de se reunir rebanhos para a rapinagem. Vivemos a era da lobificaçao. Uma época marcada por homens frívolos no exercício do pastorado e por rebanhos marionetizados por uma hipnose retórica e sedutora, que atrai multidões ao mesmo abismo de vaidade. Triste, não é irmão Alberto!?
É triste sim, irmão Giovani.
E o que diz a Bíblia?
“Os seus príncipes (Malafaia, Macedo, Valdomiro, RR Soares, Valnície Milhoens, etc) no meio dela (igreja não purificada) são como lobos que arrebatam a presa para derramarem o sangue e ganharem lucro desonesto” (Ez 22:27).
“Os seus profetas (Murdock, Morris, Monroe, etc) lhes encobre isto com cal, enganam o povo com visões falsas e adivinhações mentirosas. Dizem: Assim diz o Soberano, o Senhor, quando o Senhor não falou” (Ez 22:28)
Então:
“Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, *mas por dentro, eles são como lobos devoradores que exploram suas congregações por dinheiro* (Mt 7:15)

bjnewlife.org – The new life mission
…*But inwardly, they are like ravenous wolves who exploit their congregations for their Money*


Este texto é o resultado de comentários feitos por mim no conceituado Blog do irmão Alberto Couto Filho, e transformado em postagem pelo editor do mesmo. 

OS QUE DEVEM MORRER


Por Mauro Santayna


(HD) - A ciência prolonga a vida dos homens; a economia liberal recomenda que morram a tempo de salvar os orçamentos. O Ministro das Finanças do Japão, Taso Aro, deu um conselho aos idosos: tratem logo de morrer, a fim de resolver o problema da previdência social.




             Este é um dos paradoxos da vida moderna. Estamos vivendo mais, e, é claro, com menos saúde nos anos finais da existência. Mas, nem por isso, temos que ser levados à morte. Para resolver esse e outros desajustes da vida moderna, teríamos que partir para outra forma de sociedade, e substituir a razão do “êxito” e da riqueza pela ética da solidariedade.  

             Ocorre que nem era necessário que esse senhor Taso Aro – que, em outra ocasião, ofereceu o Japão como território seguro para os judeus ricos do mundo inteiro – expusesse essa apologia da morte. A civilização de nosso tempo, baseada no egoísmo, com a economia servidora dos lucros e dos ricos, e, sobretudo, dos banqueiros, é, em si mesma, suicida.

            É claro que, ao convidar os velhos japoneses a que morram, Aro não se refere aos milionários e multimilionários de seu país. Esses dispensam, no dispendioso custeio de sua longevidade, os recursos da Previdência Social e dos serviços oficiais de saúde de seu país. Todos eles têm a sua velhice assegurada pelos infindáveis rendimentos de seu patrimônio.

          Os que devem morrer são os outros, os que passaram a vida inteira trabalhando para o enriquecimento das grandes empresas japonesas e multinacionais. Na mentalidade dos poderosos e dos políticos ao seu serviço, os homens não passam de máquinas, que só devem ser mantidos enquanto produzem, de acordo com os manuais de desempenho ótimo. Aso, em outra ocasião, disse que os idosos são senis, e que devem, eles mesmos, de cuidar de sua saúde.

           Não podemos, no entanto, ver esse desatino apenas no comportamento do ministro japonês, nem em alguns de seus colegas, que têm espantado o mundo com declarações estapafúrdias. O nível intelectual e ético dos dirigentes do mundo moderno vem decaindo velozmente nas últimas décadas. Não há mistério nisso. Os verdadeiros donos do mundo sabem escolher seus serviçais e coloca-los no comando dos estados nacionais.

         São eles, que, mediante o Clube de Bieldeberg e outros centros internacionais desse mesmo poder, decidem como estabelecer suas feitorias em todos os continentes, promovendo a ascensão dos melhores vassalos, aos quais premiam, não só com o governo, mas, também, com as sobras de seu banquete, em que são servidos, além do caviar e do champanhe, o petróleo e os minérios, as concessões  ferroviárias e nos modernos e mais rendosos negócios, como os das telecomunicações.

           A civilização que conhecemos tem seus dias contados, se não escapar desses cem tiranos que se revezam no domínio do mundo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

UMA IGREJA COMPLACENTE COM O PECADO

Por Geovani F. dos Santos


Recentemente recebi uma reportagem da Revista New Republic com a seguinte manchete: " Igreja da Inglaterra suspende proibição contra clérigos gays desde de que se comprometam viver celibatários".  A decisão partiu da "House of Bishops " ou Casa dos Bispos, que é composta pela ala mais antiga da Igreja Anglicana, responsável pelo fim da moratória de 18 meses contra a ordenação de homossexuais vivendo em comunhão civil estável ao episcopado. A medida polêmica ameaça reacender uma questão que divide os 80 milhões de fiéis da imensa comunidade global anglicana. 


A Casa dos Bispos confirmou que clérigos em união civil e vivendo de acordo com os ensinos da igreja sobre sexualidade humana podem ser considerados como candidatos ao episcopado, disse Graham James, o Bispo Norwich.

Segundo a Revista, a polêmica decisão foi tomada em Dezembro último, mas recebeu pouca atenção até sua confirmação pela igreja na Sexta-feira. Em sua declaração, os bispos consideravam ser injusto excluir de consideração para o episcopado qualquer um que buscasse estar completamente em conformidade com os ensinos da igreja sobre ética sexual ou outras áreas da vida pessoal e disciplina. A questão da homossexualidade tem conduzido a um racha entre anglicanos norte-americanos  e africanos desde que a diocese canadense aprovou bênçãos para "casais" do mesmo sexo em 2002, seguida pelos anglicanos dos Estados Unidos da Igreja Episcopal, que nomearam um bispo gay em 2003. Clérigos gays em comunhão civil devem ser elegíveis para o episcopado  se eles se comprometerem permanecer celibatários,  como  já é o caso para diáconos e presbíteros homossexuais. Um dos bispos anglicanos fez a seguinte declaração: 

"A igreja da Inglaterra está lutando para permanecer relevante na moderna Grã-Bretanha a despeito da queda do número de crentes."

Pareceria cômica se não fosse trágica tal declaração! Como uma igreja pode permanecer relevante se tolera o abominável em seu seio? É no mínimo uma inconsistência essa assertiva, uma vez que vai de encontro às Escrituras e aos ensinos apostólicos que versam sobre a vida de santificação e abandono do pecado. O apóstolo Paulo em sua saudação à igreja em Filipos, assevera: 

"a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos" ( Fp 1.1b ).

Observe na saudação a palavra "santos". Paulo chama os membros da igreja de Filipos com essa designação, incluindo conforme o versículo supracitado  também os bispos e diáconos. Em I Timóteo 3.1-10  encontramos os ensinos paulinos sobre as atribuições necessárias a quem almeja o episcopado. Vejamos:

"É necessário,portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a sua casa, criando filhos sob disciplina, com todo respeito ( pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, afim de não cair no opróbrio e no laço do diabo."

Paulo diz que o presbítero tem que ser irrepreensível, do grego anepileptos. Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal, "essa é a primeira e mais importante qualificação. Nunca deveria ser possível( literalmente) "surpreender um bispo" fora dos limites da integridade". Partindo deste princípio, embasado neste qualificativo bíblico, um homossexual jamais se enquadraria em tais exigências, salvo converter-se e for regenerado pela graça de Cristo.

Portanto, quando a igreja não leva em consideração as  exigências descritas, entra em colisão com a Doutrina Bíblica e, por conseguinte, adota um discurso que destoa do modelo apostólico. Na verdade, quando se toma esta atitude, já em si revela o grau de comprometimento com o pecado e a apostasia. Não devemos nos enganar com os falsos discursos da igreja tolerante e, tampouco, adotarmos o seu expediente nefando. Se assim o fizermos estaremos nos tornando inimigos do evangelho, e renegando todos os ensinos escriturísticos que nos convocam a uma vida de retidão e santificação.

Paulo afirma em sua Epístola a Timóteo, que existem pessoas que pervertem a fé de alguns ( 2 Tm 2.18). Estes indivíduos são os que sorrateiramente tentam desvirtuar o caminho dos santos através da introdução de falsos ensinos na igreja. Desta forma causam grande mal à lavoura de Deus. No entanto, o apóstolo deixa claro neste ensino que a Doutrina bíblica verdadeira não pode ser abalada por embusteiros ou falsos mestres, ele assevera :

"Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade" ( 2 Tm 2.19).


Soli Deo Gloria!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

AS CONSEQUÊNCIAS DE SE VIVER SEM DEUS

Por Geovani F.dos Santos

O mundo está cada vez mais intolerante aos princípios estabelecidos pela Palavra do Senhor. Nossa sociedade permissiva e pluralizada relativiza a verdade e adota posturas ofensivas ao evangelho, taxando  o mesmo como crendice ou alienação popular.  Esta relativização coletiva traz em seu bojo o fenômeno da irreligiosidade, cada dia mais pessoas adotam o secularismo como forma de vida, tornando-se avessas à igreja ou a qualquer tipo de manifestação religiosa.


O afastamento da fé e a ruptura com os valores da cultura judaico-cristã cria uma geração de indivíduos doentes, vazios, sem propósitos na vida, sem sentido existencial  e sem quaisquer perspetivas quanto ao futuro. Como resultado de tal negligência, percebe-se o flagrante aumento no número de suicidas  alcoólatras, toxicômanos e neuróticos que infestam as clínicas psiquiátricas e os divãs dos analistas.

O preço de se viver sem Deus é alto e as consequências deste comportamento elevadas em todos os sentidos. A humanidade sofre as mazelas do desleixo ao sagrado e do divórcio da lei divina. Escolheram o caminho da auto-emancipação, colhem agora os frutos do seu desvio.

Jesus disse categoricamente: " Sem mim nada podeis fazer."  E o apóstolo Pedro ainda completa em sua bela e profunda declaração: " Para onde iremos nós, se só tu tens  as palavras de vida eterna" . Estas palavras revelam com toda força a completa dependência que o homem tem da comunhão e direção divinas. A ausência deste senso de dependência é que geram o desequilíbrio e as inúmeras enfermidades na alma dos homens.

Agostinho disse que coração humano tem um espaço que só Deus pode preencher. O salmista declara altissonantememte que alma humana tem sede do Senhor como terra sedenta. Ele diz:

" Como a corça anseia pelas fontes das águas, a minha suspira por ti, ó Deus!" ( 42.1 ).


"Quem mais tenho eu no céu, senão a ti; tu me, cobre com o teu conselho e depois me recebe na glória!" ( Sl 73.24).

Quão maravilhoso é o caminho daquele que confia no Senhor, do que faz de Deus a sua esperança e que reconhece N'ele sua única salvaguarda e livramento. Embora como homem possa sofrer os revezes desta existência temporal, os sobressaltos comuns a todos os mortais neste mundo, poderá contar sempre com as doces consolações do pai das misericórdias. Quem vive sem Deus no mundo não  pode contar com tais prerrogativas.

O crente goza do favor divino, considera o caminho do Senhor, e entende pela palavra  que toda a boa dádiva e todo o dom perfeito é lá do alto, descendo do pai das luzes, em quem não pode haver variação ou sombra de mudança. Busca com diligência a vontade do Mestre e se recomenda inteiramente aos seus generosos auspícios. Observa a orientação apostólica que diz: " em tudo sejam conhecidas pela oração as vossas necessidades " (Fp 4.6) e,  como diz Pedro, lança sobre Cristo toda ansiedade, porque sabe do seu cuidado pastoral.

"Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" ( I Pe 5.7).

Jesus disse que por mais ansiosos ou aflitos  que estivéssemos não poderíamos mudar um único cabelo branco de nossa cabeça. A vida não pode perder o compasso divino, tudo foi criado para seguir suas coordenadas, quaisquer afastamentos consentidos ou fortuitos geram desequilíbrios tão grandes que são sentidos de forma generalizada na própria.

Todo o universo é regido por leis físicas, morais e espirituais. Existe em tudo uma harmonia perceptível  que é estabelecida pela vontade divina. Nada que existe foge ao seu controle, ele tem ciência de um pardal que cai ao chão, bem como sabe quantas estrelas há no céu ou quantos grãos de areia existem na praia do mar, pois como disse o salmista:

"E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos" ( Hb 1.10 ).

Estas palavras deixam-nos estonteados e ao mesmo tempo maravilhados. Elas apresentam a eternidade de Deus, o seu poder criador e o seu domínio sobre o universo. Nesta grande sinfonia de verdades um único que se encontra desafinado é o homem. Porque se afastou da lei divina e se tornou réprobo quanto ao entendimento divino. Paulo assevera que muitos indivíduos mudaram a verdade de Deus em mentira e amaram mais a impiedade em detrimento da justiça. Como resultado de tal perversão, revela o apóstolo,Deus os entregou a toda sorte de desvarios e devassidões das mais deploráveis. Este é o quinhão do pecado.

Romanos deixa claro que Deus se revelou aos homens e as suas obras e atributos são perceptíveis no universo. Este, como diz o argumento cosmológico, "é um efeito que exige uma causa adequada e a unica causa suficiente é  Deus".

" Os céus proclamam a glória de Deus o firmamento anuncia a obra de suas mãos " ( Sl 19.1).
" porque os seus atributos invisíveis, tanto o seu eterno poder como a sua divindade claramente se reconhecem nas coisas que foram criadas, tais homens são inescusáveis" ( Rm 1.20).

Os homens de dura cerviz seguem seu caminho néscio pelo mundo meneando suas cabeças contra os céus e vociferando sem temor: Não há Deus! Indivíduos a semelhança de Dawkins, em seu " The blind Watchmaker " ( O Relojoeiro cego) ou Nietzsche com sua ofensiva máxima : "Deus está morto!" pululam por aí e conduzem uma multidão de cegos ao mesmo abismo. Todos estes blasfemos arrogantes receberão a justa retribuição por sua iniquidade e também por desvirtuarem a muitos da Verdade. Judas declara:

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele" ( Jd 14,15).

Soli Deo Gloria! 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CORAÇÕES INSENSÍVEIS E OUVIDOS MOUCOS

Por Geovani F. dos Santos



"A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e não podem ouvir?" ( Jr 6.10).

A condição espiritual de Israel tornou-se insustentável. O quadro de degradação moral e religiosa chegara a níveis alarmantes. Os sacerdotes e os profetas perderam a visão, adotando um comportamento abominável e perverso. Há muito deixaram de observar a lei do Altíssimo. Preferiam seguir seus próprios caminhos e ouvir seus corações enganosos a prestar atenção a bondosa voz de Deus.






Jeremias deixa claro em suas palavras que a causa da ruína de Jerusalém foi sua iniquidade, pois deixaram de praticar o bem. O seu indiferentismo é atestado pelas seguintes palavras do profeta:  " eis que os seus ouvidos estão incircuncisos"(Jr 6.10a ). A declaração demonstra a insensibilidade dos governantes,  dos religiosos e do próprio povo em dar crédito as predições judiciosas do atalaia de Deus. Haviam chegado a um grau de impiedade e impenitência tão elevadas que já não davam mais ouvidos aos vaticínios proferidos, e, nem tampouco, se mostravam dispostos ao arrependimento. O juízo estava às portas, e viria como um turbilhão insopitável na figura de Nabucodonosor.


A Bíblia assevera que encontrou-se desatino e loucura nos profetas, cada qual fazia o que bem entendia e não buscavam o que era reto. Não consideravam a justiça divina. Não se importavam em serem trazidos a juízo. Os seus corações se obscureceram, suas mentes se embotaram e tornaram-se réprobos e abomináveis prevaricando contra os céus.



O relato do desvio de Jerusalém e do seu declínio espiritual falam bem alto aos nossos corações como um aviso solene. Não deveríamos também atentar para o passado tendo em vista vivermos no presente em santo temor e tremor diante do Deus Santo. Ou permaneceremos fazendo ouvidos moucos às advertências do céu?


Tal atitude inconsequente, semelhantemente a percebida no povo judeu pós-exílio, também redundará em frutos amargos aos que a imitarem . Não existe outro caminho para se alcançar o favor divino senão o da obediência incondicional ao desígnio de Jeová. Israel provocou a ira do Senhor ao viver de modo relapso e dissoluto. Sua negligência no tocante à lei e o seu descaso para com as coisas sagradas teriam um preço elevado  que eles sentiriam na própria carne.


Mais uma vez o profeta Jeremias proclama em nome do Senhor: "Pelo que estou cheio da ira do Senhor; estou cansado de a conter. Derrama-la-ei sobre crianças pelas ruas, e nas reuniões de todos os jovens; porque até o marido com a mulher serão presos, e o velho com o decrépito. As suas casas passarão a outrem, os campos e também é também as mulheres, porque estenderei a mão contra os habitantes desta terra, diz o Senhor" ( Jr 6.11,12).


As palavras do profeta aqui encarnam o sentimento do Senhor. Seu coração arde de zelos e sua alma sente-se premida com a visão da calamidade vindoura. Tinha ciência das agruras e atrocidades que sobreviria à nação pecadora, mas tal julgamento era inexorável. Seria derramado com a impetuosidade  de um dilúvio, tão poderoso quanto o fragor das ondas do mar bravio. 


No livro das Lamentações encontramos o plangente relato do profeta diante da calamitosa situação da cidade agora sob domínio babilônico. Em sua elegia, o profeta descreve os horrores que sobrevém ao povo e a cidade. Em tom dramático, Jeremias se atém aos acontecimentos transmitindo com detalhes a ruína da filha de Sião. Vejamos: "Como se acha solitária aquela cidade dantes tão populosa! Tornou-se como viúva a que foi grande entre as nações; e princesa entre as províncias tornou-se tributária! Continuamente chora de noite, e as suas lágrimas correm pelas suas faces, não tem quem a console entre todos os seus amadores; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela, tornaram-se seus inimigos" ( Lm 1.1,2). 


 O quadro de desolação pintado pelo profeta nos dá um ideia do rigor do castigo que adveio sobre Judá. A cidade transformou-se em ruínas e a sua formosura outrora decantada pelos salmistas transmudou-se em fealdade. Restava agora o lamento em decorrência do remorso que lhes carcomia a alma como um câncer. Foram avisados, mas não retrocederam. A vara agora lhes fustigava até a medula! Não encontrou consolo sequer naqueles que se diziam seus amigos, pois todos a deixaram. Tornaram-se pérfidos e desleais os que se diziam próximos. Os seus aliados, descritos como "amadores ou amantes" ( Lm 1 .1), voltaram-lhes as costas, tornaram-se inimigos. Foram postos por objeto de escárnio e assobio, um motejo entre as nações. Esses "amantes" aqui mencionados, são os seus aliados, aos quais escolheu ou preferiu no lugar do Senhor. Jeremias faz menção destes povos com que Judá adulterou usando palavras duras, leiamos: 


"Passai às terras do mar de Chipre, e vede; mandai mensageiros a Quedar, e atentai bem, e vede se jamais sucedeu cousa semelhante. Houve alguma nação que trocasse seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o Senhor. Porque dois males cometeu o meu povo, a mim me deixaram, o manancial das águas vivas,e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retém as águas. Acaso é Israel escravo ou servo nascido em casa? Por que, pois, veio a ser presa? Os leões novos rugiram contra ele, levantaram a sua voz; da terra dele fizeram uma desolação; as suas cidades estão queimadas, e não há quem nela habite. Até os filhos de Mênfis e de Taines te passaram o alto da cabeça. Acaso tudo isto não te sucedeu por haveres deixado o Senhor teu Deus, quando te guiava pelo caminho? Agora, pois, que lucro terás indo ao Egito para beberes as águas do Nilo; ou indo à Assíria para beberes as águas do Eufrates? A tua malícia te castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão  sabe, pois, é vê, que mau e quão amargo é deixares o Senhor teu Deus, e não teres temor de mim, diz o Senhor dos exércitos ( Jr 2. 10-19). 


 Em tom Judicioso, o profeta apresenta um libelo condenatório contra o povo apontando como causa da desgraça o desvio espiritual. Deixaram o Deus vivo para seguirem após os falsos deuses das nações. Como ele mesmo acentua em suas palavras plangentes e, perceptivelmente embargadas : " O meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito" ( Jr 2.11 ). Estes versículos revelam a apostasia e a rejeição de Israel ao Senhor. Foram ingratos para com Santo de Israel, fazendo nenhum caso daquele que era sua única esperança. Esqueceram do pacto eterno de fidelidade de Abraão,Isaque e Jacó.

Continua...