sexta-feira, 4 de junho de 2010

MESMICES, SUBVERSÃO E ARTE



Eu acho, desculpe o meu achismo, que todas as coisas estão chegando a seu limite. Assim, como todos os elementos no mundo caminham e estão chegando ao seu ápice, indubitavelmente, todas as manifestações sejam estas culturais, sociais ou religiosas também caminham para um desfecho à medida que caminhamos para o que alguns chamam de fim da história; mas eu prefiro crer no fim desta era mundanizada e sem Deus.

Obviamente, que em todas as expressões artísticas ou mesmo nos atos criativos dos homens existe uma mesmice característica que aponta para uma repetição do que já foi ou uma imitação ainda que distante de alguma coisa que já existiu em algum tempo remoto. Como bem dizia Salomão: "Nada há de novo debaixo do sol" ( Ec 1.9).

Até mesmo a técnica ou téchne é a repaginação das técnicas primitivas que já existiam e que, foram apenas aperfeiçoadas para serem usadas com mais eficiência na modernidade. Os meios, as formas, os princípios, as leis que regiam os processos eram os mesmos, porque:"O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol" (Ec 1.9).

Na minha concepção somente Deus cria novo, o inédito, o nunca dantes visto ou experimentado. Na verdade, tem certa razão a máxima que diz que “nada se cria, tudo se copia". No campo das artes e das ciências percebe-se uma busca frenética pelo novo, pelo revolucionário, pelo chocante, pelo que pode chamar a atenção de um ilimitado número de pessoas ao redor do mundo. A era da informação favorece a criação e a venda de ilusões, mas tudo não passa de apenas pastiche.

Os movimentos artísticos ricocheteiam velhas informações com novas roupagens com o intuito de causar a sensação de que produziram o novo, pura balela. O novo, na verdade, existe apenas no inconsciente coletivo dos que foram manipulados pelas hábeis mãos dos formadores de opinião para que acreditassem na idéia que estão diante do fantástico.

Não quero dizer com isso que sou contra manifestações artísticas, mas demonstrar que toda arte traz em seu bojo uma série de idiossincrasias que são próprias de uma época e de um determinado momento histórico, mas que todas estas manifestações são apenas o conjunto de verdades que foram tecidas pelos homens ao longo dos séculos, e apenas ampliadas, renomeadas, transformadas conceitualmente para atender os apelos ou tendências de um grupo em particular na sociedade que pensa de modo dissonante dos demais.

A Semana de Arte Moderna destoou dos parâmetros da arte tradicional porque a sua proposta era exatamente o choque entre o conservador e dito “moderno" nas artes em geral. O choque entre estes dois mundos propiciou a eles maior visibilidade e repercussão. O tabu de uma época lhes serviu como via de emancipação artística e deslanche de idéias que já subjaziam em seus conscientes. Como numa ação em cadeia, a Semana de Arte Moderna foi estopim para que muitos se lançassem a uma arte vanguardista que não tinha nenhuma pretensão de seguir o politicamente correto. Subverter o antigo sentido de arte era a proposta maior dos seus proponentes.

Um comentário:

  1. Olá, Querido Pastor, desconsidere o primeiro E-mail, sigo seu blog e suas atualizações de postagens etc.

    Gostaria se possível fazer parte de sua lista de parceiros para minhas atualizações. E divulgarmos juntos o nome de Yeshua. Ok!

    Obrigado!
    Pr. Ronaldo Mendes
    www.cvnyeshua.blogspot.com

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