domingo, 27 de setembro de 2009

MUNDO EM DEVIR

Os Tempos mudaram e os homens no mesmo compasso também sofreram suas metamorfoses. Como no mundo tudo está em constante transformação, não é de se admirar que as mudanças cedo ou tarde aconteçam. Mas, o que eu quero ressaltar aqui não é a mudança em seu sentido positivo, que é sempre bem vinda; e, sim, a mudança negativa que traz em seu bojo uma série de conseqüências devastadoras naqueles sobre os quais elas acontecem.

Estas mudanças negativas das quais eu estou falando estão se dando paulatinamente no cenário mundial como um todo e também na igreja de nosso tempo. Como parte integrante da história, e estando no mundo, a igreja tem sofrido a influência das profundas implicações imbricadas nos paradigmas em devir e, de certo modo, para tristeza nossa, tem transigido com o pecado de maneira flagrante e deliberada.

Esta transigência pecaminosa da Igreja de nosso tempo indica lamentavelmente o grau de apostasia ascendente que já é uma realidade diante de nossos olhos, e que se desenvolverá significativamente à medida em que nos aproximamos, como disse o Pastor Cáio Fábio, da grande visitação, ou seja, o arrebatamento da Igreja de Jesus.

Indubitavelmente, as palavras de Jesus estão sendo cumpridas e a pergunta do mestre sobre se haveria fé na terra quando ele voltasse (Lc 18.8), soa oportuna nestes dias onde o abandono dos princípios cristãos e esfriamento do amor são notórios. Se desejarmos andar com o Senhor e permanecer fiéis a sua palavra, precisamos andar na contramão dos valores e paradigmas impostos pelo presente sistema corrompido e mundano.

O presbítero Sandoval Juliano em seu site: www.sandovaljuliano.com.br delinea algumas razões que podem levar ao esfriamento do amor e ao desinteresse pelas coisas espirituais. Vejamos:

A confiança em nós mesmos – Lc 18:9;
A independência intelectual;
A prosperidade;
O pecado;

Todos estes itens enfocados podem ter uma ação direta ou indireta sobre o comportamento de muitos crentes, mas em minha opinião o que tem feito mesmo a diferença é a ausência de uma identidade cristã autêntica comprometida com o Senhor e com o seu evangelho. Leiamos esta resenha publicada na seção fórum da revista Ultimato:

“As mudanças culturais enfrentadas pela sociedade brasileira, a globalização e o consumismo são desafios cada vez mais presentes na vida cristã. A adesão a métodos, o consumo de experiências religiosas e a ausência de uma ética bíblica fazem parte do dia-a-dia de grande parte das comunidades evangélicas brasileiras.

É raro perceber alguma articulação com bases bíblicas que contraponha a tendência cultural dominante. Não há uma mentalidade evangélica. Assim, muitos cristãos assumem formas de pensamento que revelam uma visão limitada do senhorio de Cristo e do alcance do reino de Deus."


Não havendo, portanto, uma mentalidade bíblica e, nem tampouco um pensamento cristão comprometido com a verdade, as portas do engano e da mentira espirituais se escancaram,permitindo que toda sorte de modismos e influências nada salutares para o crescimento na fé proliferem quais ervas daninhas. Ou acordamos para o fato de que o esfriamento do amor e o abandono da fé são uma realidade ou correremos o risco de embarcar no mesmo bonde de apostasia e auto-engano que outros já entraram.

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